domingo, 8 de agosto de 2010

Quando rio

"É inútil que durma.
Corre no sonho, no deserto, num porão.
O rio me arrebata e sou esse rio.
De matéria perecível fui feito, de misterioso tempo.
Talvez o manancial esteja em mim.
Talvez de minha sombra,
fatais e ilusórios, surjam os dias."

(Borges)

E eu rio... Largo, profundo, perene...

Sem margens, agora, se-guia silente

Meu ansioso querer de uma noite, falo.

Nu(vens) possuindo a insone madrugada

E me abraça, noturno: És-(a)quecimento...

Dissipando a tristeza que foice, talho (a)talho,

Em que sou-fria à(paga)do contentamento.

A(cor)da correnteza, então, em novo leito,

Alegre(ia) clara-e-ando na lembrança tua

E-num-dar de sonhos contra a solidão és-cura

Sou só-riso quando ao pensar em ti, me deito.

4 comentários:

  1. Belíssimo! Perfeito! Destaco algumas notas que me tocaram mais fundo nas fibras da alma pela beleza ímpar:

    Meu ansioso querer de uma noite, falo nu(vens)

    a tristeza que foice, talho (a)talho

    Em que sou-fria à(paga)do contentamento

    contra a solidão és-cura


    Desejos incontidos à espera de sa-cio...

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  2. Lindo demais, Pólen!
    Encantou-me este seu "Quando rio", bem como o seu blog como um todo!
    Virei sempre: sigo-te...
    Grande abraço!!!

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  3. Desejosos estamos...

    Um grande beijo, Chico!!!

    P.S.:Obrigada pelos comentários sempre tão atenciosos e ternos ;)

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  4. Olá,Zélia...
    Seja muito bem-vinda por estas bandas!!! Encantada estou eu com tua visita. A(guardar)ei-te com carinho.

    Um beijo!

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