terça-feira, 19 de março de 2013


FULANA
“E lhe dou todas as faces
de meu sonho que especula;
e abolimos a cidade
já sem peso e nitidez.
(O Mito – C. Drummond de Andrade)

Minha cidade não tem portas,
mas planejo fugas entre goles de chá.
Fulano fez casa numa esquina estrangeira
e vive de plantar ideias que movem ruas de lugar.
- Que tem eu e Fulano?!
Nada.
Só Fulana, que escolhemos amar!
Com ela, tem ele umas afinidades históricas...
Coisas de terra, de sangue, de vida orgulhosa.
A mim, sobra aquela tristeza noturna
que me sopra o peito, e penso:
-“Às vezes, Fulana, existe demais”.
E sucumbo aos mistérios e desconhecimentos
De uma voz que ousou me contar de Fulana
para que sua lembrança não me deixasse em paz.

(Amor de Índio - Voz: Maria Gadú/ Composição: Beto Guedes)
                                                                         


6 comentários:

  1. ou, de quando a emenda fica tão linda quanto o soneto.
    gostei muito. muitão.
    e a música de beto guedes e ronaldo bastos encontra agasalho na voz de menina de maria gadu, fechando a porta de forma suave.
    momentos assim colocam um ponto de exclamação na cara da gente.
    beijão do
    roberto.

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  2. É para Fulana e para você, meu querido Roberto. Os dois possuem lugar cativo em meu coração. Obrigada por apresentá-la a mim e por estar sempre por perto também. Um cheiro.

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  3. quem estava longe, eu ou você?

    fazia tanto tempo hein...

    um beijo

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  4. Eu ia cair de pau nessa fulana, mas... por ciúme do Beto me calo.

    Um cheiro morno, meio triste...

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  5. Tuca, Fulana, às vezes, tira qualquer um do sério. Rsrsrs...

    Um abraço bem apertado pra esquentar o teu cheiro morno, viu!!!!
    E um beijo.

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  6. Saudade do lado de cá também, moça! Grande beijo pra você.

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