"Para que me pôr no tronco
Para que me aleijar
Eu juro a vosmecê
Que nunca vi Sinhá
Porque me faz tão mal
Porque me faz tão mal
Com olhos tão azuis
Me benzo com o sinal
Da santa cruz"
(Sinhá - João Bosco/Chico Buarque)
Aquilo que move a dor à razão tarda
Toda explicação é qual fruto estérilQuando o coração torna-se terra fértil
Para ervas que se alimentam de mágoas.As alegrias se agarram nas barras da história
Para a lucidez solfejar à memória o que restou...Mas quem ouvirá a rouquidão do amor?
Os lábios já herdaram a fé do inquisidor:Respostas queimando em fogueiras inglórias
Pecados imperdoáveis que ninguém praticou.
(John Coltrane - In A Sentimental Mood)
(Arte tirada da web/autor desconhecido)
Vou dizer que não vim
ResponderExcluirsaindo na ponta dos pés;
vou negar que li, sim,
fazer conto de réis
do que roubei com amor:
"Os lábios já herdaram
a fé do inquisidor,
pecados imperdoáveis
que ninguém praticou."
pecados não carecem de perdão, drica, querida.
ResponderExcluirbom revisitar seu blog e te ver desfiando verbos.
beijos meus,
r.
O meu pranto escondeu as sílabas de uma palavra
ResponderExcluirO meu céu não precisa de Sol para ser azul
A minha emoção transbordou nesta clara manhã
Tal como as incontidas águas que correm para sul
Este Inverno que o meu querer instaurou
Tem o rosto coberto por densa bruma
Tem a força de todas as marés esta emoção
Que devolvi hoje à espuma
Doce beijo
os pecados e o perdão na terra das ervas daninhas e da vegetação indesejada: eis o que jamais cessa no tempo dos afetos.
ResponderExcluirarda a pele, rasgue-se a carne, vaze o sangue escuro e renove-se o ser, agora sem nome, identidade ou lugar onde permanecer para além do tempo.
beijinho, pólen. que bom saber-te por aqui!
lindo e doído de lindo!
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