... Os corpos
circulando
na varanda dos braços.
É a mais alta constelação.
(Carlos Nejar)
O sonho não tem nada a ver com o sono!
Não é por dormir que sonhamos
É a noite
Muita luz nega à vista ousar na criação
(é apoucada, quase nada, a fantasia do dia)
Sonhar requer direção e baixa claridade
O que precisamos mesmo é das estrelas
Indicam o caminho para que ele aconteça
(guias noturnos das fantásticas jornadas)
Não se pode, porém, prescindir da cama
É leito (onde flua o que d'outro tempo flutua)
Se a aurora, com um sopro quente nos acorda
A lembrança daquele céu vem e logo transborda
Era vida misteriosa, com exibidas reticências...
Brilhantes intermediárias do que é inconfesso
Dos espaços entre elas...
Ah... Brotam universos...
(Não é que o céu pela manhã seja mau...
O problema é que, às vezes, sinto que o sol,
de tão sozinho... Mais parece um ponto final.)
Há mais mistérios entre o sonho e as estrelas do que supõe a nossa vã filosofia.
ResponderExcluirPoema para ninar asteroides.
Não menos importante que os seus anteriores.
Abraço grande.
Caramba, vou e volto e torno cá, leio e releio e a cada delas mais consegue me surpreender... mágico, suave e belo e mais... faz repetir a voz que me disse hoje: "que seria do mundo sem poesia"...
ResponderExcluirBjs, Srta. Raposinha! :)
LENDO E RELENDO... Nem sempre dá pra expressar o que alguns de teus textos causam em mim, Adriana... este [em especial] pareceu mágica... como se falasse tudo o que quero dizer e não disse... guardam aquilo que reside na protopalavra, no seu nascedouro... berço de estrelas... há neste, como noutros mais, um desejo de completude infindável [ou é o que há em mim ao lê-los]... bjs...
ResponderExcluirbastava-me ler o título deste post para percebr que estamos, ambos, voltados para os mesmos céus :)
ResponderExcluirum beijinho e parabéns pela elegância e relevância poético-sensível do espaço!
Muito bem dito o que foi sentido...Penso na escuridão, sim, como ferramenta de criação. Luzes às vezes ofuscam...
ResponderExcluirBeijinho,
TUDO BEM?
ResponderExcluirO QUE ABUNDA EVENTUALMENTE, ESCASSEIA.
Este é um título perigoso, pois a colocação da virgula é tão imprescindível como a vestimenta de um astronauta, nas suas viagens espaciais.
Mas, indo objetivamente ao assunto e sem maiores churumelas ou subterfúgios , sempre gostei muito de pássaros , mantenho as gaiolas absolutamente, limpas, comida farta e água renovada.
Antes, não suportava a idéia de admitir um pássaro em cativeiro, com todo o espaço do mundo à sua disposição, o céu azul infinito e ele ter que ficar trancafiado.
-Como minha senhora? A senhora se sente assim, no seu casamento?
Perdoe , mas contente-se ao lembrar que um astronauta dentro da cápsula espacial ...
SE VOCÊ CONSEGUIU GOSTAR (RS), LEIA INTEGRALMENTE NO MEU BLOG DE HUMOR:
"HUMOR EM TEXTO".
LÓGICO, VÁ SE QUISER, MAS VÁ (RS).
PELO AMOR DE DEUS!!!!!!!!!!!!(RS).
UM ABRAÇÃO CARIOCA.
E o melhor de tudo, Paulo Jorge, é que, dada a quantidade de estrelas, as possibilidades e os mistérios são infinitos...
ResponderExcluirQue bom tê-lo de novo por aqui!!!
Beijos...
Eita, Chico...
ResponderExcluirO que posso dizer é que, lembrando também o que disseste num dos teus textos lá no seth-hades, tanto os espaços entre as estrelas quanto os brancos entre as palavras guardam mundos nos quais podemos nos completar...
Beijos de raposa!!!
Jorge, querido, que bom que vieste até cá!!!
ResponderExcluirOs mesmos céus sim... Da boca ao firmamento.
Outro beijinho pra ti!
Estarei sempre por lá, viu!!!
Querida Tania, também penso que a escuridão é sempre fecunda... Quando não podemos ver, somos incitados a imaginar é e aí que mágica acontece.
ResponderExcluirMuitos beijinhos pra ti...
Olá, Paulo! Tudo bem!!!
ResponderExcluirO que abunda e não escasseia no "Humor em texto" é o riso...
kkk... Já estou por lá!!!
Um abraço maranhense.
olá, pólen,
ResponderExcluirvoltei cá e li a réplica que deixaste nas minhas palavras. agradeço-as, como as que pousaste sobre a secretária do viagens a propósito do "etiquetas". a minha romagem passa também por aqui :)
um beijinho!
será que a lua também não está só, em dia de céu sem estrelas?
ResponderExcluirAdorei as últimas três linhas. (o poema inteiro também, só que o desfecho ficou muito bom!)
Fodona você, Pólen!!!
ResponderExcluirBem, só li este poema e o anterior, Cambiantes.
Estou virado, tanto quanto meia garrafa de pinga que me acompanhava, não consigo ler mais do que isso, nem reler isso - isso o quê mesmo? Periga amanhã voltar aqui e ter uma impressão totalmente outra. Melhor maneirar um pouco na empolgação:
Semifodinha você, Pólen!!!
Beijos (ões ou inhos?)
Olá, Jorge!
ResponderExcluirAcredito que o trânsito entre lá e cá será fértil e iluminado.
Mais beijinhos...
Oi, Mina!!!
ResponderExcluirAcho que a beleza e a nobreza da lua traz sempre a necessidade de uma corte (nós e todos os astros da noite)...
Adorei a visita!
Beijos...
Impressão esta ou outra, o importante é celebrar... A noite, as estrelas, os encontros nelas e com elas...
ResponderExcluirBrindemos, pois!!!
Beijos(inhos e ões)...
Tuca Zamagna, o comentário acima é pra ti, querido!
ResponderExcluirentrei sem ser convidado...rs... trazido pela mão amiga e inconsciente de pedro ramúcio...
ResponderExcluirli e reli.
e gostei.
vou ficar fosforescente pelas próximas horas.
abração do
r.
Olá, r.
ResponderExcluirO espaço é nosso!!! Fico muito contente que tenha entrado e ainda mais que tenha gostado.
Venha sempre!
Beijos
gostei de sua reflexão poetica,lindo poema!!!
ResponderExcluirOs sonhos e as estrelas deram boa inspiração.;)!
ResponderExcluirPrazer em conhecê-lo, Rodrigo! Valeu pelo comentário tão gentil.
Beijos
gostei do blog.
ResponderExcluirAdorei a visita, Camila!
ResponderExcluirBeijos, querida.
Simplismente belo!
ResponderExcluirAprecio esse clima quimérico...
E lembrei do Antunes: " Não há sol a sóis."
Beijo em ti.
Eu só durmo no completo escuro, assim meus sonhos parecem ser mais real.
ResponderExcluirbjs
Insana
Olá, Cris! Seja muito bem-vinda!!!
ResponderExcluirSou simplesmente louca pelo Arnaldo...
Lembrei agora também do poema do Leminski que ele canta: "Essa noite vai ter sol"!!!!!!!
Só mesmo a poesia pra fazer isso.
Beijos
Insana, querida... Pois apaguemos as luzes também durante o dia...
ResponderExcluirQue bom que veio!!!
Beijos...