segunda-feira, 30 de agosto de 2010

PART[ida] ou Sinfonia de um só

Ao som de La Valse D'Amelie de Yann Tiersen (version piano)



Parte. Ideia de abandonar o que era outra metade no espaço de um só.
Corte com intenção inversa, não era aquela que conduz uma orquestra.
Aos Quintanares fechei os ouvidos, minha alma não se fez um violoncelo.
Dos dedos, sim, preciso. Tenho teclas, como piano, só existo para vibrar.
E o que envolvia isto - outro corpo - virava dueto ao mais leve encostar.
Separados, o silêncio era deveras mudo.
Juntos, era ausência do resto do mundo.
Se pudesse traduzir essa música que, na lembrança, tu ainda provocas,
Diria que, mesmo distraída, tua mão conhecia todas as minhas notas.

(Foto retirada do blog Retalhos - www.retalhos-xana.blogspot.com)

3 comentários:

  1. De dedo.ilhar cada a.nota.ação na k.alma que é de dois em.terno.é.ser... :)

    ResponderExcluir
  2. Se parte.ida de todo não se vai, sempre deixa parte... ;)

    ResponderExcluir
  3. "...alma que é de dois" e "se parte.ida de todo não se vai, sempre deixa parte..."

    E deixamos mesmo uma parte, Chico. A música não está nem no piano nem nos dedos que o dedilham. Está (e só está) no encontro dos dois.

    Beijo, querido. E obrigada pela presença sempre tão carinhosa.

    ResponderExcluir