"Hoje executarei meus versos
na flauta de minhas próprias vértebras."
(Maiakóvski)
Se eu tivesse força suficiente
para negar aquilo que em mim
transforma pó em palavra,
Deixaria cada uma de minhas páginas
descansando sob meus sapatos
Levaria adiante apenas aquele silêncio
típico dos que alcançam o paraíso.
Mas essa fraqueza que me arrasta,
escreve para merecer a luz que
cada um comunga com as estrelas.
(Substância primeira
Instância derradeira)
Se eu tivesse força suficiente,
negaria cada um dos verbos que se
movem para compor minha desordem
E seguiria com a aparência leve.
Mas sei que nenhuma ausência
transpira um verso honesto.
O poeta surge de corpo aberto
e alma derramada,
Sua escrita corre e se espalha
pesando sobre os móveis, sujando
as unhas, dando a cara a tapa.
Se eu tivesse força suficiente,
quereria apenas a parte que me cabe.
Só que minha natureza é a dos fracos
Dos que carregam seus ossos expostos
Dos que não resistem
Dos que não se calam.
Não gostei nem um pouco desse poema, Adriana... estar aqui. Vai pra onde deveria estar: minha página no FB!
ResponderExcluirCheirão!
Olá, ´Polén
ResponderExcluirTe desejo uma Páscoa com Alegrias
Feliz tudo
Abraços