"Se ao te conhecer dei pra sonhar fiz tantos desvarios,
rompi com o mundo, queimei meus navios
me diz pra onde é que ainda posso ir"
(Chico Buarque)
Minha delicadeza dorme em teus olhos
Porque não são leves os meus sonhos
E espelhos nem sempre dizem a verdade.
Com quantas frases fugirei do teu riso
Até que tuas mãos não me deixem ir?
Dói-me essa lucidez teimosa e atenta
Que fere a carne e me deixa acordada
Mesmo que nossas noites nunca partam
(a memória é sempre estação de chegada)
E nenhuma lembrança é afeita ao fim.
É azul a paciência com que aguardo
Nascerem as flores dos passeios que fazes,
Vez em quando, sobre a pele exausta
Que tenta e não consegue esquecer de ti.
(Marcelo Camelo - Janta)
Belíssimo, Srta. Raposinha... suave, livre como deve ser a poesia que liberta [Com quantas frases fugirei do teu riso / a memória é sempre estação de chegada / E nenhuma lembrança é afeita ao fim] tocaram fundo aqui...
ResponderExcluirAmanhã
Vi o lado o tempo
Eu vim cada pele
A ruminar lembranças
A deglutir demoras
Esperanças e anseios
Seios todos
Nestas horas
Pele pergaminho
Percorrido um dia
Marcada fica
Se choro e rio
É que veio diz.sentir afogar
Mas é afago
Memória do beijo
que de novo quis se dar...
Enorme xêro, anjinha! ;)
"Eu quis te convencer, mas chega de insistir
ResponderExcluirCaberá ao nosso amor o que há de vir".
Para ser poeta basta ser sincero, escrever o que sente, amar o que realmente deseja, e esquecer a beleza superficial das palavras que formam a poesia, pois se verdadeiro é o seu sentimento, puro será seu coração...e lindas serão suas palavras!
ResponderExcluirAleluia!
ResponderExcluirPólen voltou!!
E com um soneto em que se desnuda tirando a roupa do mundo todo!!!
Saudades, querida!
Beijos
"Dói-me essa lucidez teimosa e atenta
ResponderExcluirQue fere a carne e me deixa acordada
Mesmo que nossas noites nunca partam"
tenho medo do medo de partir das noites.
tenho medo de ser a âncora do navio que estaca
ou de ser o próprio navio, à deriva,
rumo ao fundo do fundo do mar apenas sonhado.
Nudez e lucidez se confundem. Ótimo!
ResponderExcluirTão bom ler sua doçura, moça!
ResponderExcluirGrande beijo.
certos esquecimentos são memoráveis, meu amor.
ResponderExcluirbeijo, minha pólen de flor!
Passando só para tu não dizeres que eu nunca visitei teu blog.
ResponderExcluirMarco Carioca
Vestida de lembranças do que ainda está!
ResponderExcluir'(a memória é sempre estação de chegada)
E nenhuma lembrança é afeita ao fim.'
Bravo!!
querida amiga,
ResponderExcluirque bom ter-te de volta e em excelente forma. que importa a lucidez teimosa quando ainda nascem flores espontâneas a teus pés? deixa a memória exausta embebedar-se. o sentido maior é, no mais das vezes, não ter sentido nenhum.
beijinho e um abraço com saudades!
p.s. já hoje recomendei este vídeo a alguém que escrevia sobre a memória de um beijo; chama-se exactamente assim e é dos imortais trovante. prova!
http://www.youtube.com/watch?v=AaGsrsoS_LQ
oi querida,amei seu blog.Que lindo texto!Beijos,virei sua seguidora.
ResponderExcluirTão suave...tão nua...e tão lúcida! Amei!
ResponderExcluirPoema estupendo, Pólen.
ResponderExcluirSenti o êxtase da poesia, aliada a uma sensibilidade (ou seria sensualidade?) ceciliana.
Grande momento.
Bjs na alma.
Gostei demais!
ResponderExcluiragora, do Marcelo Camelo eu não gostei; não curti o disco solo dele.
beijos e boa semana
Oiee, seguindo teu Blog! Adorei, muito criativo.. Parabéns. Beijooo
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