"O que eu queria dizer-te nesta tarde
Nada tem de comum com as gaivotas"
(Sophia de Mello Breyner Andresen)
Escute o som do que nunca envelhece
Não pertence à carne, tampouco às pedras
Vive rasgando, em nós, invisíveis passagens
Adia a morte, e canta a vida que se perde.
Confundimos ferrugem com a eterna idade
Qualquer instante naqueles braços perece
No entanto, primaveras ainda florescem...
Teu sorriso, tambor que anuncia tempestades
Em segundos que tantas dimensões regem.
Pudesse esquecer as tormentas dessa brevidade
Vestindo o corpo que à minh’alma melhor coubesse
Para me perpetuar no único lábio que me cabe
E abandonar os medos para que o vento os leve.
(First Song for B- Devendra Banhart)
(Fotografia de Raimundo Castro: Timor-Leste)
[ocorrem-me à lembrança uns versos de Sérgio Godinho,
ResponderExcluir«E ai de quem acorda estremunhado
espreitando pela fresta a ver se é dia
a esse as ansiedades
ditam sentenças friamente ao ouvido
ruído que a noite, a seu costume, transfigura
(...)
e já tudo pode ser, tudo aquilo que parece...»
... a alma é, enquanto dura, não quando se esquece!]
um imenso abraço,
Leonardo B.
Pô, não acredito! Sophia como citação? Tive aula sobre ela na quinta-feira! Ela é ótima demais!!!
ResponderExcluirQuanta emoção! És mesmo um pólen.
um beijo
Quisera não padecerem certas coisas da finitude, Léo.
ResponderExcluirO que tu escreves e apresentas sempre perpetuam a beleza e a ternura em meu coração.
Obrigada por me apresentares esses versos do Godinho.
Um beijo.
Conheci a Sophia através do Mia Couto, Mina. E tu nem sabes da melhor... Ganhei sete livros dela de uma vez só, vindos diretamente de Portugal. Pense numa pessoa feliz com esse presente: Eu!!! Estou lendo sem parar. Estou apaixonada! A emoção é nossa, viu!!!
ResponderExcluirBeijos, querido.
além do poema encantador
ResponderExcluiruma música reveladora
...
beijo carinhoso.
que o rufar do tambor antecipe o clarim...
ResponderExcluirbela prece!
beijo, pólen de flor formnosa.
Muitos beijos carinhosos pra ti, Domingos!!!
ResponderExcluirTua presença aqui é o próprio encanto.
E que os sons sejam sempre cheios de luz, minha bela Cris!!!
ResponderExcluirBeijos enormes pra ti.
tambor que anuncia tempestades.
ResponderExcluirperfeito!
bjs meus
por mais estridente que o som seja, ele dobra-se em timidez e acoita-se nos pés das tuas palavras. im.prece.ionante!
ResponderExcluirum beijinho, querida amiga!
Fernand's, querida, que dizer de um sorriso que não nos deixa raciocinar e nos carrega pelo ar?
ResponderExcluirPerfeito mesmo, né!?
Beijos...
Acreditas em energia e sincronicidade, Jorginho???
ResponderExcluirMinhas preces têm sido atendidas... E dentre elas, está a que te quer sempre por cá. Trazes os sons mais doces de além-mar, amigo.
Muitos beijinhos...
Menina, você está escrevendo muitíssimo.
ResponderExcluirA cada dia melhor.
O verso "Teu sorriso, tambor que anuncia tempestades" corrobora o que disse acima.
Ótimo seu espaço.
Bjs e felicidades.
muito bom, sua poesia é intensa, não se alcança de uma vez, sim aos poucos, a cada lida e relida.
ResponderExcluirPaulo Jorge, que prazer tê-lo conhecido pessoalmente!!! Pena que foi rapidinho.
ResponderExcluirFico sem saber o que dizer com tamanha gentileza. Que bom que sempre arrumas um tempinho para visitar o pólen.
P.S. São Luís está competindo com Natal para o posto de cidade mais quente rsrs.
Beijo grande, querido!!!
Obrigada, Alvarêz!!! Seja bem vindo por estas bandas.
ResponderExcluirGostei muito do teu som!
Um beijo.
Muito obrigada pelo coméntario adorei!
ResponderExcluirBote muitos outros!