Toda paisagem é retrato numa janela...
Deixei no parapeito sonhos como escora.
Mas, se minhas cidades são feitas de vento...
Farei planos como quem não se demora.
Cheio de luz, meu olho não mais cega...
Livre, vejo que nenhuma razão importa:
Tenho mais apreço pelo que não penso.
Qual o sentido da gravidade agora?
No fundo, com nada mais a.prendo
Sem saudade é bem fácil ir embora
Entreguei a hora ao esquecimento
E o velho futuro perdido... Joguei fora.
The Velvet Underground - Oh! Sweet Nuthin'
(Arte: Miró)
Como pode ser intenso e suave?! Mas é... belo, intenso, suave, mágico, como de hábito... mas há mais... sem saudade, és.quer.ser, mas não é... não se joga fora o que se for, leva consigo pedaço e belo naco d'alma junto... belíssimo, srta. raposinha... ultimamente oculta no covil, fungindo das virtualidade, espero não mais do mundo virtual... saudades ;) :D
ResponderExcluirImagem, palavras e sons harmônicos para esta postagem. Parabéns sempre!
ResponderExcluirGostei!
ResponderExcluirachei decisiva a frase "Sem saudade é bem fácil ir embora".
muito bonita!
um beijo
Chico, querido... Que saudade! Essa quero sempre ter.
ResponderExcluirPrecisamos colocar o papo em dia.
Que seria de nós se não fossem todas as virtualidades... Porém, às vezes, a realidade se impõe e nos ata as mãos e a imaginação.
Beijo grande!!!
Olá, Fred!
ResponderExcluirFico sempre muito lisonjeada com tua presença e leitura atentas.
Obrigada mesmo.
Beijinhos...
Mina, a saudade nunca é uma dama desprendida. Ela gosta de atar bem os laços, não achas?
ResponderExcluirComo partir quando ela nos abraça?
Difícil, né!?
Beijos, querido!!!
pólen,
ResponderExcluirtexto explosivo, porque radioactivo. a tua escrita é feita disso mesmo: pequenas sacudidelas que conduzem à derrocada final. quem lhe resiste?
e que dizer de velvet underground? era pouco mais que um miúdo quando os vi ao vivo. marcaram uma geração, verdade?
p.s. não resisto ao verso "o velho futuro perdido"; de contraditório, só mesmo a aparência. rendo-me...
um abraço sentido!
"Toda paisagem é retrato numa janela...
ResponderExcluirDeixei no parapeito sonhos como escora"
Dois versos e, debruçado na sua janela, já me esborracho de satisfação. Vou ler mais agora não. Senão fico radioativo demais e acabo votando em Dionísio!
Mas volto depois de votar, pra ler tudo que deixei de ler ultimamente. É que a cabeça anda meio vazia... "E o coração se fecha para descansar dessa vertigem"...
Beijos
Seu poema me fez olhar a janela. Chove aqui agora, imaginei os pingos como transeuntes desse infinito de passagens que vemos do parapeito.
ResponderExcluirMoça, seu comentário me fez sorrir, obrigada por seu carinho, vc é um doooce!
Beijo.
Jorginho, eu é que não resisto à tua presença por cá. Fico toda feliz!!!
ResponderExcluirConheci a Velvet há pouco tempo. Aliás, tenho conhecido muita coisa nova ultimamente. O Viagens... tem dado contribuições especialíssimas para a ampliação do meu universo musical.
Beijinhos sonoros.
Tuca, acredito que quando a cabeça anda vazia é porque os sentidos andam apurados. E, segundo nosso querido Caeiro, isso é uma vantagem. Concordas?
ResponderExcluirVamos radioativizar!!!! Dionísio na cabeça e no resto do corpo também!!!!
Beijinhos pra ti.
certos retratos lançamos janela abaixo, ainda assim, recaem sobre nós.
ResponderExcluirler-te é um prazer paisagístico.
beijo, flor de pólen!
Lindo demais, Pólen!
ResponderExcluirDemais!
"E o velho futuro perdido... Joguei fora."
Abraço, querida!
Querida Poetisa, que coisa mais linda isso! :)
ResponderExcluirSimplesmente estou encantada com suas palavras...
"Tenho mais apreço pelo que não penso.
Qual o sentido da gravidade agora?"
Perfeito! Amei essas indagações... e, por fim, as constatações!
Beijos, Flor.
e o retorno do silêncio
ResponderExcluircinge a alma
sem trégua
...
carinhoso beijo.
Nao gosto do silencio ele me doi a alma.
ResponderExcluirbjs
Insana
O desapego, pela nossa própria natureza, deveria ser uma atitude constante. No entanto, temos que reafirmá-lo sempre contra tantas ilusões de vínculos e amarras. Gostei demais. Também me impressionei com o "velho futuro perdido", uma intuição altamente reveladora.
ResponderExcluirUm abraço.
Drica minha poetisa preferida, você diz tudo com tanta exatidão que parecer olhar para minha alma, obrigada amiga pelas doses diárias de poesia.
ResponderExcluirsim, sem a saudade fica tudo mais facil...
ResponderExcluiramei o velvet.
beijo!
lindo poema!
ResponderExcluirLarinha... Espero que a chuva caia por aqui também... E leve o que não tem porque ficar.
ResponderExcluirBeijinhos, linda!
É verdade, Cris. Às vezes penso que o "passamento" de ambos (nós e paisagens) é uma necessidade inadiável. Mas é tão difícil se ver em outro cenário, não é mesmo?
ResponderExcluirAdoro você!
Beijos doces...
Zélia, querida...
ResponderExcluirObrigada pelo carinho! Fico tão honrada quando vens ao polen...
Beijo, beijo, beijo...
Teus silêncios sempre tão grávidos de beleza é que me encantam, Colecionadora.
ResponderExcluirA alegria é grande de tê-la por aqui, viu!!!
Beijinhos...
Ai, Domingos... que saudade... Tem acontecido tanta coisa que não estou conseguindo beber minha dose diária de tua poesia... Que bom te encontrar aqui agora...
ResponderExcluirBeijo grande, meu amigo.
Adorei a sonoridade...
ResponderExcluirBeijo,
Doce de Lira
Sonhei com Querunbins zombeteiros
ResponderExcluirCom um Arcanjo em eterna luta com o mal
Sonhei que a chuva era o pranto dos deuses
Sonhei que o amor tem um caminho fatal
Descobri que as nuvens são carruagem de água
Que os anjos afinam as harpas de madrugada
Que as gaivotas em terra são pronuncio de borrasca
Que a razão de um justo não vale quase nada
Doce beijo
por onde andas, pólen?... ai, as abelhas que perdem as asas...
ResponderExcluirum beijo!
E tua alma é de uma beleza que canta, querida Insana.
ResponderExcluirBeijos, linda!
Um honra tua presença por aqui, Marcantonio.
ResponderExcluirBeijo grande pra ti, querido!
Lady Di, eu é que fico devereas agradecida por tua existência ter cruzado com a minha.
ResponderExcluirBeijinhos, amiga...
Fica mesmo, So sad. Mas temos tanto apego à ela, não é mesmo?!
ResponderExcluirVelvet é massa!!
Beijos...
Valeu, Rodrigo!!!
ResponderExcluirBeijo grande.
Que alegria tê-la por aqui, Renata!
ResponderExcluirBeijos doces e com muito polen...
Profeta, tu sempre chegas arrebatando os olhos e a alma, né?!
ResponderExcluirLindo demais teus versos...
Beijos, querido!
Jorginho, querido...
ResponderExcluirAs obrigações e as contingências do cotidiano são bem insensíveis com quem necessita da poesia nossa de cada dia.
Sinto-me seca de saudade, mas agora que tudo já está calmo, voltemos às atividades e ao prazer.
Beijinhos...
querida pólen,
ResponderExcluirnão imaginas como as tuas palavras, aqui e no viagens, me enchem a boca em sorriso. a tua poesia - em poema e comentário - faz-nos falta. melhor que regressares, é saber que o fazes por teres tudo o que na vida é essencial bem acomodado na palma da mão.
um beijinho e "un saludo" por este regresso!
Mais beijos, Jorginho...
ResponderExcluirE obrigada!!!