domingo, 25 de julho de 2010

Desaguando:

I

Sinto que ainda não terminei de me derramar...
Quando Tejo, provoco manchas nas paredes
E alimento o fungo dos lençois.


II (Como diria Borges...)

"Olhar o rio feito de tempo e água"
Esquecer que é de água e calor que se evaporam nuvens
E que com uma saudade louca água e vento se abraçam tempestade.
Fecho as janelas para que não entre a água do mundo...
Também não entra mais nada.

4 comentários:

  1. Des-aguar por vezes é desertificar [ao menos fazer seco, menos úmido] :D é pôr os pés firmes no chão, deixando a água que passou a tudo levar... ;)

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  2. Pólen, adorei a singeleza marcante de suas palavras (sempre me afeiçoou mais o simples, onde os sentimentos se apresentam mais puros, que a complexidade), ainda mais acompanhada de Borges, um de meus autores favoritos.

    Sem dúvida ligou-me sua radioatividade... E voltarei mais vezes!!

    Abraços!!

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  3. Obrigada, El Bailaor!!!!
    Borges é incrível mesmo.

    Um abraço!!!!

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