Há tempo para a palavra...
No espaço entre papel e lápis:
o criado-mudo aguarda.
O que matura rompe a casca...
A tinta, do casulo:
transmite sinal de fumaça.
Surge, da sobra, apartada...
Fantasmagoria
Corpo abstrato:
Com olhos e lábios propagado.
No espaço entre papel e lápis:
o criado-mudo aguarda.
O que matura rompe a casca...
A tinta, do casulo:
transmite sinal de fumaça.
Surge, da sobra, apartada...
Fantasmagoria
Corpo abstrato:
Com olhos e lábios propagado.
(Adriana Araújo)
GIRAMUNDO
Há em nós o anterior à palavra...
Que o após seja doutra lavra
É que nos dormita o primitivo
Ancestral e habita no que vivo
Da metafísica, somos o que cala...
Em ritmo, o outro ser do signo
Rotação que nos transforma em ciclo
Movimento donde brota corpo e fala
Mas é certo que não tarda...
Se pressinta o que nos arda
É giro e é roda e é alma
O que pulsa e não se acalma
Se esse nós da linguagem trata...
Que na prosa tão-logo esvaia
Pois se nela a razão se aclara
É na poesia que a loucura exala.
Há em nós o anterior à palavra...
Que o após seja doutra lavra
É que nos dormita o primitivo
Ancestral e habita no que vivo
Da metafísica, somos o que cala...
Em ritmo, o outro ser do signo
Rotação que nos transforma em ciclo
Movimento donde brota corpo e fala
Mas é certo que não tarda...
Se pressinta o que nos arda
É giro e é roda e é alma
O que pulsa e não se acalma
Se esse nós da linguagem trata...
Que na prosa tão-logo esvaia
Pois se nela a razão se aclara
É na poesia que a loucura exala.
(Adriana Araújo e Francisco de Sousa Vieira Filho www.seth-hades.blogspot.com)
(Arte: Le paradis de Chagall)
(Arte: Le paradis de Chagall)
Não vou nem comentar o Giramundo, que sei que ficou massa kkkkkk... :)
ResponderExcluirOs temas são similares, mas o mensagem é mais pictórico, revela um universo mágico, remetendo a visões e dimensões... donde se imagina o primitivo e o aborígene fazendo sinais à boca da caverna e em seu profundo grafando nas paredes... tentando propagar o que no ecrã da retina viu...
Bjs, srta. Raposinha... bom exercício escrever a duas mãos... ou duas almas... :)
Vim aqui porque encontrei este seu poema no blogue do Francisco. Lindo. Gostei de conhecer.
ResponderExcluirObrigado
António
Os meus olhos embevecidos
ResponderExcluirtragando tudo que vê
(também o que não vê)
mas a alma me pega
pela mão e me leva
aos caminhos
da descoberta.
Belíssimos poemas.
Carinhoso abraço.
Eu ainda nao gosto do silencio, mais realmente deveria saber a hora das palavras.
ResponderExcluirbjs
Insana
Muito bons os sseus versos. Gostei muito de conhecer o blog.
ResponderExcluirSumiste... onde o pólen pra gerar o fruto? ;)
ResponderExcluirGirei fundo nessas palavras seletas.
ResponderExcluirQue belezura!
Beijo, querida.
Chico, querido amigo...
ResponderExcluirMassa mesmo é tua companhia... Nos versos e nessa existência.
Bejinhos de raposa!!!
Seja bem vindo Antonio!!! O Francisco sempre me proporcionando encontros alegres e cheios de carinho.
ResponderExcluirMuito prazer, viu!!!
Beijos...
Meus olhos é que ficarm embevecidos com teu comentário e com teu blog Domingos.
ResponderExcluirQue bom encontrá-lo por aqui também.
A casa aqui é nossa!
Beijos...
"E todo silêncio é música em estado de gravidez", querida Insana.
ResponderExcluirBeijinhos...
Fico feliz que tenha gostado, Maria Paula!
ResponderExcluirFique à vontade para aperecer quando quiser.
SEja muito bem vinda!!!
Beijos...
Oi, Chico!!!
ResponderExcluirSumi não. rsrsrs... Bem que a gente podia viver só de poesia, né?!?!?! Vez em quando o mundo real nos convoca por mais tempo do que gostaríamos.
beijinhos...
Cris, linda...
ResponderExcluirTua presença aqui é sempre uma ciranda feliz!!!
beijinhos...
Adorei, seu blog, vc escreve muito bem! E ainda fez parceria com o grande Francisco. =)
ResponderExcluirBeijo!
Olá, Lara...
ResponderExcluirO Francisco é grande mesmo!!! Grande amigo, grande poeta...
Valeu pelo comentário tão gentil e pela visita tão carinhosa.
Seja bem vinda, querida!!!
Beijinhos...
beijinhos