quarta-feira, 7 de julho de 2010

É tempo de calmaria.
Já não se batem os dedos
nas pedras do dia.
É surdo, cansado e rouco o alvoroço
das horas para render esse tempo.
E continuo vendo a menina voltar
pra casa pelo caminho de sempre
abraçando o livro que não sou eu.

Um comentário:

  1. Ah, que vontade ser aquele livro aconchegado junto aos seios dela... quisera ser a roupa que ela veste pra mais perto estar... a vontade de quem deseja é estar mais perto ainda - dentro! Por vezes só o pungente desejo desperta-nos da rotina da faina diária...

    Belíssimo!

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